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TUDO ACONTECE À LUZ DA LUA


Ela nada sabia.
Nada respondia.
Nada.
Ele?
Apenas se calava.
Ela?
Nada.
Ele?
Tudo.
Ambos?
Toda paixão.
Toda ansiedade.
Toda vontade.
Desejo.
Muito desejo.
Muito.
Tudo.
Tudo mesmo.
Muito mesmo.
Definitivamente.
Um monumento ao seu...  ao meu.
Desejo...
Ela?
Nada.
Nada queria.
Nada pedia.
Nada falava.
Nada escutava.
Nem mesmo os bons álbuns dele.
Nem mesmo aos excelentes álbuns que ele guardava em casa.
Nem mesmo com seu impecável aparelho de som.
Nada.
Mas...
... ele também não os escutava.
Não.
Não mais.
Lua?
Aquela que costuma beijar o mar.
Mar?
Aquele que adora receber os seus beijos.
Da lua gorda, amarela e linda.
Linda.
Amarela, gorda e linda.
E o amor?
Estava escondido em seus corações...
... e em algum parágrafo daquele livro de nome difícil que ele adorava ler e ler e reler.
Tudo acontece à luz da lua.
Beijos, abraços, desejos e confissões.
Tudo acontece à luz da lua e das bebidas mal bebibdas.
Simples assim.
Simples assim.
Como a lua e o mar.
Simples assim...

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,