Pular para o conteúdo principal

HEY, E SEU ESPARTILHO?


- Hey? - ele perguntou assustado, sem noção, meio bêbado, meio nada.
- Cadê o seu espartilho? - perguntou novamente. Com a voz bêbada, de madrugada. A voz do nada.
Ela sorriu e apenas respondeu - Eu não estou com ele.
Ele a olhou com espanto e falta de sobriedade
- Pirou? - apenas perguntou.
Ele deu seu sorriso mais bêbado do ano. A ressaca maior do planeta. Apenas sorriu e fechou os olhos.
Ela também.
Dois filhos da puta.
- Hey? Cadê o seu espartilho? - perguntou mais uma vez. Com a voz ainda mais bêbada, ainda mais de madrugada.
Ela sorriu e nada disse.
- Não vai dizer? - ele perguntou em tom provocador.
- Adivinhe - ela provocou.
Ele ficou em silêncio.
O beijo?
Foi espetacular.
De destroçar corações.
O espartilho?
Estava aonde deveria estar.
Aonde deveria estar...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,