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ELA PODIA SORRIR MAIS. SEMPRE MAIS.

Ela podia sorrir mais, ele pensou.
Sempre mais.
Ela podia mais.
Muito mais.
Mais beijos, mais calor, mais amor, mais tudo.
Tudo.
Ela podia sorrir mais.
Muito mais.
Sem pílulas rosas.
Sem álcool barato.
Sem cigarros idiotas.
Sem drogas batizadas.
Sem balas.
Sem nada.
Sem nada.
Ela podia sorrir mais.
Muito mais.
Ouvindo uma canção, vendo um belo par de olhos, um filme muito bom, enfim, ela podia mais. muito mais.
Mas...
Ela não queria.
Definitivamente, ela não queria.
Até ver aquele cara.
Até perceber aquele sujeito.
Olhos da cor que ela gostava, perfume que chegava antes dele, enfim, alguém que a atraiu.
Ela podia sorrir mais.
Muito mais.
E no hall do elevador ela sorriu.
Ele também.
Ele podia muito mais.
E se deu conta naquela noite.
Se deu conta disso naquela noite.
Ela podia muito mais....
Sempre mais....

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,