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TALVEZ EM VARSÓVIA, NÃO EXISTA DIAS DE SOL...


Talvez em Varsóvia, não exista dias de sol. Talvez em Moscou, os dias de verão já nasçam frios. Talvez em Bombaim, exista pouco trânsito. Talvez em Kingston, a fumaça seja leve. Talvez, talvez, talvez. Talvez no Rio, a noite seja longa. Os amores que perdi, os amores que encontrei, os amores que deixei, os amores, os amores, os amores. Na verdade, palavras lançadas no papel podem soar belas, frouxas, desencontradas ou mesmo apenas palavras. Sem sentido algum. Sem significado algum. Sem a menor necessidade disto. A menor. E no grito dos raivosos repousa a fúria. No grito dos suicidas, a angústia. O desespero repousa no choro dos amantes desolados. Amantes devastados pela perda do amor. Amantes solitários. Amantes desencontrados. Talvez em Sofia, exista uma Bulgária. Talvez em Medellin, exista mercado negro. Talvez o mundo não seja tão divertido assim. Talvez as paixões não sejam tão intensas assim. Talvez as pílulas não sejam tão eficazes assim. E a menina linda, toda gostosa e divertida, chora as dores de um cara que não a quer. E o velhinho, feliz, chora a leveza de chegar aos 100 e ter visto tanto em tão longo tempo. Talvez na Lua, a vista da Terra seja bela. Bem mais bela do que se percebe aqui de baixo. E as palavras não fazem o menor sentido. Nada de novo debaixo do sol?: Bem, isto é o título ou a frase de alguma canção. Não quero mais lembrar disso agora...nos falamos naquele bar da esquina. O de sempre. Ao lado do Clube Varsóvia. See you.

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,