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APENAS UM FECHO...

Pele com pele. Lábios com lábios. Toques com toques.

Apenas um fecho entre os colos...

Toques, dedos, texturas, sonhos, desejos, vontades, cheiros, pele.

Pele com pele. Lábios com lábios. Toques com toques.

Apenas um dedo entre os sexos...

Dedos macios, dedos suaves, dedos sutis, dedos, bocas, beijos, desejos.

Pele com pele. Lábios com lábios. Toques com toques.

Apenas um segundo entre os gostos...

E os gostos e os lábios pareciam querer ser um só. Surgidos da mesma saliva. Da mesma fonte, fonte de distintas nascentes.

E o peito parecia querer explodir. Explodir e surgir para brigar com a respiração ofegante, trêmula, insana, apaixonada. Escola de samba ritmada. Fogos de artificío ensurdecedores.

E o peito parecia querer apenas surgir. Bronzear sob a luz do luar. Bronzear sob a luz amarela do luar. Linda. Dos amantes.

Corpos unidos.

Beijos e toques e dedos e pele.

Apenas um fecho...

Os vidros do carro eram estilhaços de imagens, estilhaços repletos de desenhos e figuras distorcidas pelo ar embaçado.

Imagens de dois jovens apaixonados.

Pele com pele. Lábios com Lábios. Dedos com dedos.

Olhares trêmulos.

Ela estava quase despida, quase nua, quase em transe, porém TODA tesão, toda molhada, toda excitação.

Ele estava quase vestido, quase louco, quase em transe, porém TODO tesão, todo duro, todo excitação. Seus dedos a um clique de tudo.

A um clique dos seios.

Apenas um fecho...

Nada mais quando ele o abriu...

... apenas os seus seios...

apenas os seus seios e os desejos loucos de dois jovens apaixonados...

apenas um fecho...

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,