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EMBRULHANDO A LUA PARA PRESENTE

- Então vamos combinar uma coisa? – ele perguntou, animado.
- O quê? – ela disse, curiosa.
- Quando eu conseguir alcançar a lua, voando, eu vou roubá-la e te dar de presente.
Ela sorriu com a idéia tola e infantil dele e disse, tranqüila – Mas se você roubá-la só para mim, o que os outros casais vão fazer? Ficar sem o luar? Não precisa.
Ele a olhou e a olhou e a olhou e a olhou e perguntou – Ué, não quer a lua? Não entendo. Não consigo imaginar um outro presente tão cool e descolado e romântico e apaixonado como esse.
- Eu sei de um – ela afirmou, categórica – Tá certo que pode te dar ainda mais trabalho do que o presente lunar.
Ele a olhou intrigado e disse – Posso saber qual?
- Você. Basta você se entregar e me amar. Completa, total e absolutamente.
Ele sorriu e disse, carinhoso – Maldita vodka. Você está bêbada.
- Apaixonada – disse, encerrando o assunto e o beijando, a forma perfeita de dizer “eu te amo”...

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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,