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DANÇANDO RITMOS DESCONHECIDOS E VISITANDO LUGARES INÉDITOS

- Tudo o que eu quero é ficar aqui sentada, pensando em coisa alguma além desse mar, desse sol, dessa brisa, desse calor...
- ... e desses homens bronzeados maravilhosos que circulam para lá a para cá, não Clarisse? – a interrompeu Melissa, já toda alegre pelos “litros” de cerveja que havia tomado desde que estava na praia.
Sorrindo pela piada da amiga, Clarisse emendou – Não. Definitivamente não estou com a menor vontade de pensar em homens. De qualquer espécie ou natureza ou tamanho ou cor ou, seja lá o que for. Não estou afins. Mesmo.
- Quem diria, a maior destruidora de corações do universo envolta em um manto de ódio e revolta, apenas pelo singelo motivo de ter experimentado um dos mais sensacionais “pés na bunda” de todos os tempos – ironizou.
- Eu não tomei um “pé na bunda” querida. Eu DEI um “pé na bunda”. É bastante diferente. E aquele canalha bem que mereceu – disse, firme, Clarisse.
- Sei. Depende do ponto de vista, não é mesmo? Dar e tomar um “pé na bunda” ganha conceitos distintos, dependendo de como se analisa a questão.
- Você está bêbada – Clarisse disse, ignorando a amiga.
- E você está com dor de cotovelo, como eu nunca imaginei que você pudesse ficar, afinal Clarisse é linda, Clarisse é fofa, Clarisse é meiga, Clarisse é divina, Clarisse não fica sozinha. Jamais – emendou Melissa, enquanto se levantava e corria em direção ao mar, parando e girando de repente para gritar à amiga – Mas você sempre vai ter ao seu redor os seus amigos e as pessoas que verdadeiramente te querem bem...como eu, por exemplo – finalizou, mandando um suave beijo com a palma das suas mãos pequenas.
Ao mesmo tempo em que retribuía o doce beijo, Clarisse disse baixinho, talvez somente para seus próprios ouvidos – Então querida, me ajuda a afastar essa inédita dor, por favor, por favor...



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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
APENAS RELÂMPAGOS... O beijo que você me deu sob o sol A chuva molhando os campos de maçã (Sob o Sol - Vibrosensores) Lembro que choveu MUITO naquela tarde. Muito mesmo. Mais do seria normal em qualquer outro dia, em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Tudo estava bem, mas o céu, como puro capricho, decidiu se rebelar. O céu, assim de repente, tornou-se cinza. Absurdamente cinza. Cinza chumbo, quase noite. E choveu muito mesmo naquela tarde. Como jamais eu pensei que poderia chover em qualquer outro dia normal. Em qualquer outro dia que não aquele. Maldito. Lembro-me que eu estava no parque central, quieto, pensando nas verdades que eu havia ouvido e arquitetando uma fuga mirabolante do viciado e repetitivo labirinto caótico que a minha vida havia se transformado. Lembro-me que não estava sol, nem tampouco abafado, e que, portanto, não havia tantas nuvens no céu capazes de provocar aquela tempestade. Não mesmo. Mas, ainda assim tudo aconteceu. Não me dei conta, e,