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REGANDO AS FLORES COM LÁGRIMAS

Ele apenas queria expressar o seu amor de alguma forma. Ainda que ela não o entendesse. Ele queria demonstrar que a amava verdadeiramente. Queria demonstrar que se importava com ela, que pensava nela, que queria o seu bem, a sua felicidade, o seu sorriso. Queria demonstrar todo esse amor, fosse através de uma pintura, de uma música, um poema, um cartaz, uma faixa, uma pichação, um cd, o que fosse. Ele apenas queria que ela soubesse. Ele apenas queria que ela soubesse que ele a amava. E ele esperou. Esperou e esperou e esperou o momento que ele julgou apropriado. E tal momento finalmente apareceu.

Só que tudo deu errado.

O estrago foi feito, não havia remédio e já era tarde demais para voltar atrás. Tarde demais. E ele resolveu que não iria chorar. Decidiu que o mundo poderia muito bem se foder. Preferiu ir ao Clube Varsóvia dançar e dançar a noite toda, como se o amanhã fosse algo simplesmente inexistente. Como se o amanhã fosse uma planta regada com lágrimas de pessoas tristes que se arrependem pelo que não fizeram. Esse sim o pior crime do mundo...esse sim...



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NUCA

Ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Definitivamente não. Sem contas, protestos, cobranças ou ligações indesejadas. Nada. Nada a perturbar. Existiam apenas os lábios de Fernanda em sua nuca. Lábios deliciosos e densos. Intensos. Sempre pintados de uva. Sempre lindos. E os arrepios. Muitos arrepios. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. Muito feliz. Não existiam mais as más notícias. Não. Defitivamente não. Havia um aroma de uva no ar. Um perfume. E palavras sussuradas na dose certa. Na dose certa. E ela entrava em transe. Transe total. O lábio de Fernanda em sua nuca a deixava completamente feliz. Muito feliz. E molhada. E o abraço que vinha depois era como um gatilho para uma boa noite. Toques. Reflexos. Seios.
O GUARDA SOL COLORIDO - Ei, olhe por onde pisa – ela gritou, a tempo de evitar que aquele garoto com cara de perdido esmagasse os seus novos escuros escuros. Ele a encarou meio sem jeito e sem saber o que estava acontecendo e não respondeu nada. - Não olha por onde anda não? – ela prosseguiu, agora mais calma, mas ainda querendo briga. - Desculpa, desculpa. Mas também, porra, convenhamos que não dá para ficar largando óculos de qualquer jeito numa praia lotada né? Qualquer idiota como eu, por exemplo, pode pisar neles – retrucou, sorrindo. Ela o olhou com atenção e reparou como ele era lindo. Muito bonito mesmo. Claro que não aquela beleza normal, de capa de revista, afinal isso só acontece nas merdas das novelas e tal, ele era apenas dono de uma beleza que a agradava e muito. Ele era dono de uma beleza absolutamente normal, absolutamente simples, absolutamente cotidiana. - Então, tô desculpado? – ele perguntou, querendo rir da situação. - Relaxa, cara. Eu é que ando estres
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